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| Missionário Antônio Antunes - A História de Rute |
Nos dias em que os Juízes governavam sobre o povo
Israelita, ocorreu tempos de fome sobre Israel.
Foi por volta de 1160 a 1100 antes da vinda de Jesus.
Noemi, seu marido Elimeleque e seus dois filhos Malom
e Quiliom sairam de Belém em direção à terra estrangeira
de Moabe, onde hoje fica a Jordânia, do outro lado
do Mar Morto.
E Elimeleque morreu, fazendo a família ficar com
Noemi e seus dois filhos. Os filhos de Noemi se casaram
com mulheres Moabitas, eram elas Orfa e Rute; e ficaram
ali por quase dez anos.
Os dois filhos de Noemi também perderam a vida. Noemi
se deparou então apenas com suas duas noras.
Noemi ouviu sobre que a chuva e boas colheitas haviam
voltado sobre Belém. A viúva não via outra alternativa
senão retornar para o lugar onde tinha nascido.
Noemi disse às noras: vão, voltem para suas mães. Vocês
são ainda jovens e podem voltar a casar. Orfa seguiu os
conselhos de Noemi, porém Rute se recusou a ir embora.
Rute olhou francamente para Noemi e disse: não peça para
que eu te abandone. Vou ficar
com a Senhora. Seu povo será o meu povo e seu Deus será
o meu Deus. Onde quer que a senhora morrer, morrerei
eu no mesmo lugar.
Ao chegar em Belém, muitos se comoveram com a situação.
Noemi dizia: não me chamem Noemi, chamem-me Mara, porque
grande amargura tem me dado o Todo-Poderoso.
O que sobrou da minha vida? Perdi Marido, Filhos e
dinheiro. Estou viúva e falida vivendo na extrema
pobreza.
Noemi e Rute haviam chegado no começo da colheita de
cevada. Noemi tinha um parente muito rico por parte de
seu marido, seu nome era Boaz.
Rute foi ao campo colher espigas. O destino fez com que
ela fosse parar nos campos de Boaz. O poderoso Boaz
chegou aos campos onde se realizava a colheita e
perguntou: quem é aquela moça?
Os trabalhadores disseram que se tratava de Rute a
Moabita, que havia vindo de Moabe junto com Noemi.
Rute colhia as espigas que caiam no chão. Rute pediu
para que Boaz deixasse ela trabalhar em seus campos.
Boaz disse que ela poderia trabalhar ali, desde que
não fosse trabalhar em outros campos.
"Não vá colher em outros campos, não passe daqui. Fique
com minhas moças trabalhando."
Noemi curvou-se diante de Boaz e disse:
Por que me trata bem, uma vez que sou estrangeira?
Boaz disse: "Ouvi sobre a bondade que tem feito com
sua sogra ao ajudá-la. Admiro sua coragem por ter
enfrentado vir para uma terra estrangeira podendo ter
ficado em Moabe. Que Deus retribua seu feito."
E Boaz a convidou para comer o pão com vinagre junto com
os outros segadores. E a comida sobrou de tanta fartura.
Ordenou Boaz para que os trabalhadores não perturbassem
Rute no trabalho e ainda deixassem cair espigas
de propósito para que Rute pudesse colher uma boa
quantidade.
Ao chegar em casa, Rute contou para Noemi sobre
Boaz e sua bondade e também levou o resto da comida
que havia sobrado do almoço.
Quando acabou a colheita de cevada, veio a colheita
de trigo, e Rute continuou a trabalhar nos campos de
Boaz.
E disse Noemi: Boaz é um bom partido para você, Rute.
Hoje à noite o trabalho dos ceifadores é separar a
cevada das espigas, jogando a cevada para cima...
Os grãos caem no chão e a palha voa com o vento...
Rute: eu conheço este trabalho. Vão trabalhar até bem
de noite.
Noemi disse:me escute e faça o que eu recomendar...
Vista sua melhor roupa e passe seu melhor perfume.
Vá até o local da colheita e não deixe que Boaz
perceba você lá. Espere ele comer e beber, Quando
ele for dormir, cuidadosamente descubra os pés dele
e deite bem pertinho.
Rute seguiu o conselho da sogra e foi para o campo.
Ao chegar lá esperou Boaz comer, beber e dormir.
Rute cuidadosamente descobriu os pés de seu patrão e
deitou perto.
A meia noite Boaz levou um susto e percebeu que uma
mulher estava deitada a seus pés. Boaz assustado
perguntou:"Quem és tu?"
"Sou Rute sua serva e nora de Noemi. Estende pois sua
capa sobre sua serva, pois tu és remidor sobre Noemi,
uma vez que ela é viúva desamparada. Pela lei dos
israelitas é dever de um homem amparar a viúva de seu
parente próximo, e Abimeleque é seu parente e eu sou
sua serva... Deverá tu resgatar as terras de Noemi."
"Sim sou remidor, mas há um remidor com parentesco
mais próximo que eu. Farei o que for possível para
ajudar Noemi e resgatar você, pois toda a cidade sabe
que és mulher virtuosa."
E continuou Boaz: "Deite aqui até a manhã. Não deixe
que ninguém saiba que deitaste aos meus pés..."
Boaz deu cevada para Rute e esta disse a sua sogra o
que tinha ocorrido. Noemi tranquilizou Rute dizendo
que Boaz não iria sossegar enquanto não fechasse negócio
para resgatar as terras de Noemi e Rute junto ao seu
parente.
Boaz foi até o portão da cidade onde os homens se
reuniam para fazer negócio. "Hei! Funano! vem cá...
Tu és o resgatador com parentesco mais próximo a
Noemi do que eu... Se não tiveres interesse em resgatar
as terras e a serva de Noemi, diga logo, pois eu tenho
interesse."
O homem com parentesco mais próximo disse que não
tinha interesse em resgatar Noemi e suas terras. Para
fechar o negócio, o homem alcançou a sandalha para
Boaz como era costume da época.
Então disse o tal parente: toma para ti o direito de
remição sobre Noemi e suas propriedades pois não
tenho dinheiro para fazer tal coisa."
Então Boaz disse aos anciãos e a todo o povo:
Sois hoje testemunhas de que tomei tudo quanto
foi de Elimeleque, e de Quiliom, e de Malom,
da mão de Noemi. Tomarei Rute como esposa, pois é viúva
de Malom, filho de Abimeleque e Noemi.
Os anciãos da cidade oficializaram a união de Boaz
com Rute. Com este casamento, Deus proporcionou ao
casal um filho. Deram o nome ao menino de Obede.
Anos mais tarde Obede teve um filho chamado Jessé
que foi pai de Davi...
Gerações se passaram e, naquele mesmo lugar, seguindo
a mesma descendência nasceu Jesus Cristo, o maior
homem que pisou na Terra.
Programa Evangelho Eterno com o missionário Antônio Aparecido Antunes - Todas as quartas-feiras das 20:00 às 21:00 (horário de Manaus) http://www.fmpositiva.com.br/
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